Resenha: Marina.


Se você gosta de aventura, ficção e romance esse livro é perfeito pra você. Em "Marina" você entra na Barcelona de Óscar Drai, um jovem rapaz cujo os pais são ocupados demais para cria-lo. Óscar vive em um colégio interno de Barcelona, porém nem mesmo os muros altos do colégio conseguem aprisiona-lo. Em um de seus passeios pela cidade onde vive, ele avista Marina. Uma garota jovem, bonita e enigmática.

A cada passo os dois se conhecem cada vez mais e a amizade entre eles cresce. Mas quanto mais unidos os dois se tornam, mais envolvidos em um mistério que assola Barcelona eles ficam.

Quanto mais Óscar descobre sobre Mijail Kovenik e sua curiosa história, mais ele percebe o quanto precisa de Marina. Carlo Ruiz Zafón é realmente um gênio. Ele nos coloca frente a frente a problemas que enfrentamos, mas a resposta para eles está envolta de um conto surreal. Mijail, Eva, Maria, Óscar e Marina são caricaturas para pessoas do nosso cotidiano. Todas elas tão sombrias quanto os personagens descritos nesse livro.

Zafón nos prende a "Marina". Nos faz rir, chorar, e querer mais do que qualquer coisa tirar dos ombros de Óscar os segredos que ele carrega.
Nada de romances épicos, ou histórias fofas demais. Em "Marina" não há vilões ou príncipes encantados, há somente pessoas. Pessoas que erram e acertam, que fazem escolhas erradas e tentam consertar e principalmente, pessoas vítimas das suas próprias loucuras.
Ao mesmo tempo que o autor te tira da realidade, ele te mantêm a ela. Você conhece a Barcelona de Óscar e Marina, mas todos os personagens são pessoas da sua vida, pessoas que você conhece.
Zafón nos mostra que não existem certos ou errados. Só existe o tempo, e esse insiste em passar rápido.

"Cedo ou tarde, o oceano do tempo nos devolve as lembranças que enterramos nele."

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