Resenha: Saga da Família Blackwell.


Dois livros espetaculares.
Histórias que se fundem com a realidade, personagens marcantes. Tudo o que Sidney Sheldon nunca deixa faltar em suas histórias.
Em "O reverso da Medalha" você conhece Jamie Mcgregor, um jovem sonhador que sai de sua terra natal rumo a Africa do Sul para montar a sua fortuna. Em meio a tantos conflitos, ele finalmente realiza o seu desejo, mas com ele, perde a alma. Mesmo depois de partir a sua maldição fica presa a empresa, Kruger&Brent. Ou como sua filha Kate McGregor, que mais tarde se torna Kate Blackweel, considera o império dos Blackwell.
Até onde a ganância, e a vontade de se superar vai? Kate Blackwell tem tudo, porém é como se não tivesse nada. Quanto mais ela alcança, mais ela quer. E talvez, essa seja a verdadeira maldição da Kruger&Brent.



Em "A senhora do jogo" você conhece outra mulher marcante, destinada a ser tão grande quanto Kate Blackweel, sua neta Lexi Templeton. Lexi é forte, decidida, bonita e sedutora, e o mais importante, capaz de fazer qualquer coisa para conquistar o que quer.


Sidney Sheldon não escreve sobre meninas fracas e delicadas. Ele escreve sobre mulheres decididas, fortes, e preparadas para enfrentar qualquer coisa.
Margareth McGregor,  Kate Blackwell, Eve Blackweel e Lexi Templeton tem uma coisa em comum. Todas elas conseguem o que querem. Não existe a palavra "perdedora" no vocabulário dessas mulheres que são capazes de qualquer coisa para vencer.
Como já dizia a marcante Lexi Templeton "Só há uma razão para perder a batalha: Vencer o jogo."
Conforme você entra no mundo criado por Sheldon você percebe a semelhança com o mundo real. Todos os personagens são pessoas a nossa volta com as mesmas características. Algumas fortes e decididas, outras que vivem do modo que os outros querem. Quanto mais eu lia a narrativa sobre Kate Blackwell, mais eu queria ser como ela ao mesmo tempo que não queria.
Kate Blackwell é rica, famosa, poderosa, e linda. Ela tem tudo que qualquer pessoa pode desejar. Mas ela não tem amor. A sua vida toda se dedicou a seu único amor, ao seu dono, ao controlador da sua vida, Kruger&Brent e será que valeu a pena?
Mesmo tendo tudo, ela nunca teve nada.
Ela nunca teve o amor do filho. Só o medo dele.
Nunca teve o amor de Eve, sua neta. Só o ódio e desprezo dela.
E as únicas pessoas no mundo que respeitavam Kate Blackwell por amor, eram Alexandra e Robert. Será que a Kruger&Brent vale alguma coisa perto de tudo o que ela perdeu enquanto lutava para ser a senhora do jogo?
A maldição da familia Blackwell era a ganancia, a cobiça, a inveja e principalmente, o egoísmo.
Mesmo sendo mulheres fortes e ousadas, todas elas tinham as piores características dentro de si. Tanto Lexi Templeton, quanto Eve e Kate Blackwell eram capazes de qualquer coisa para alcançar seus objetivos, eram frias, egoístas e inescrupulosas  Só pensavam em uma coisa: Em si mesmas.
E foi assim, pensando só em si, que elas se destruíram.
A maldição da Kruger&Brent nunca fora a empresa e sim as pessoas que a queriam.

2 comentários

  1. Eu não gostei muito de A Senhora do Jogo, talvez pelo fato de ter sido a Tilly que escreveu, sendo assim uma obra póstuma do Sidney. Achei que ela fugiu um pouco da característica do mestre, fazendo o começo um pouco maçante... Mas, de modo geral, é um ótimo livro.

    Já o primeiro, é sensacional! A saga da família que percorre gerações, é algo que faz você gostar e amar dos personagens ao mesmo tempo. Ficar estarrecido com o Jamie quando apanha do Banda (acho que era esse o nome do escravo), e etc.

    Eu sou muito fã de Eve, ela foi sensacional, colocaria no bolso qualquer mulher de qualquer livro (menos a Lisbeth Salander de Millennium).

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    1. Uma coisa que eu não gostei em "A senhora do jogo" foi o fato da Tilly confundir sensualismo e sexualismo com libertinagem. Em alguns trechos, ela foi muito apelativa.
      O nome do escravo está correto.
      Eu também amei o primeiro livro. Porém a minha personagem favorita está no segundo. Lexi Templeton, que no final do livro se torna Lexi McGregor.
      Ainda não tive a oportunidade de ler "Millennium".

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