A hospedeira.



Nosso planeta foi dominado por um inimigo que não pode ser detectado. Os humanos se tornaram hospedeiros dos invasores: suas mentes são 
extraídas, enquanto seus corpos permanecem intactos e prosseguem suas vidas aparentemente sem alteração. A maior parte da humanidade sucumbiu a tal processo. Quando Melanie, um dos humanos "selvagens" que ainda restam, é capturada, ela tem certeza de que será seu fim. Peregrina, a "alma" invasora designada para o corpo de Melanie, foi alertada sobre os desafios de viver dentro de um ser humano: as emoções irresistíveis, o excesso de sensações, a persistência das lembranças e das memórias vívidas. Mas há uma dificuldade que Peregrina não esperava: a antiga ocupante de seu corpo se recusa a desistir da posse de sua mente. Peregrina investiga os pensamentos de Melanie com o objetivo de descobrir o paradeiro dos remanescentes da resistência humana. Entretanto, Melanie ocupa a mente de sua invasora com visões do homem que ama: Jared, que continua a viver escondido. Incapaz de se separar dos desejos de seu corpo, Peregrina começa a se sentir intensamente atraída por alguém a quem foi submetida por uma espécie de exposição forçada. Quando os acontecimentos fazem de Melanie e Peregrina improváveis aliadas, elas partem em uma busca incerta e perigosa do homem que ambas amam.
Resumo: O nosso mundo foi invadido, e, como diria Peregrina, colonizado por almas, alienígenas que preferem a paz à violência. Peregrina é uma dessas almas, depois de viver nove vidas, em diversos planetas, ela finalmente vem a Terra, e se torna responsável por vasculhar e recuperar as lembranças de uma humana que pertence à resistência, Melanie Stryder. Ela só não contava que Melanie resistiria até depois de se tornar hospedeira, enquanto Peregrina tenta, desesperadamente, descobrir o paradeiro dos outros humanos, Melanie lhe mostra imagens das pessoas que ama, e da vida que lhe fora tirada.  Isso faz com que Peregrina sinta coisas que não eram capazes em outras vidas, e, talvez, ela sinta algo que nenhum outro planeta lhe ofereceu.

Personagens: Peregrina, ou Peg, é a nossa narradora. Como uma alma, ela incapaz de odiar alguém, pois as únicas coisas que as almas sentem é amor e compaixão, porém, quando seu minúsculo corpo é colocado na mente de Melanie, as emoções, sentimentos e lembranças da hospedeira a invadem, trazendo lhe sentimentos que ela é incapaz lidar. Peg, sem sombra de dúvida, é a melhor personagem do livro, engraçada, realista, amorosa, e inteligente, é a única razão de Melanie permanecer viva. Melanie Stryder é o ser humano mais chato, egoísta, desprezível, violento, e sem escrúpulos que eu tive o desprazer de conhecer, ou melhor, ler. Melanie luta de todas as maneiras possíveis contra Peregrina, e chega até a mostrar Jamie e Jared a ela, como uma tentativa desesperada de fazer com que Peg sinta o mesmo que ela pelos dois, seu plano dá certo, mas ela não para. Ela nunca deixa a Peg em paz, e chega a ser maldosa e cruel em alguns momentos, se Peg não fosse tão forte, ambas estariam mortas. Jamie Stryder é encantador, e vê-lo sofrer é destruidor. Ele é apenas um garoto, segundo o livro deve ter mais ou menos a minha idade, mas o sofrimento o faz se tornar um homem, logo ele entende as ironias da vida, e age com mais maturidade do que qualquer um dos humanos que convive. Jared Howe é perfeito para Melanie, pois ele é outro ser humano abominável, sua beleza e encanto desaparecem no momento em que ele conhece Peregrina, durante todo o livro ele age como o verdadeiro egoísta que é, se importando apenas consigo, e Melanie.  Mas como contrapartida existe Ian, um rapaz belo e cativante, que a início é agressivo e odioso, mas depois mostra quem realmente é, como a própria Peregrina diz, Ian tinha o interior de uma alma, mas a força de um humano, e, talvez, fosse isso que o torna tão perfeito. O seu defeito é estar sempre querendo proteger tudo e todos, ele é impulsivo, assim como o irmão, e acaba se machucando enquanto tenta proteger a todos.

Minha opinião: Acho que dizer que eu quase morri de chorar não é o bastante, é? Confesso, já li os outros livros de Meyer, e esse é o segundo que me faz querer esgana-la e abraça-la ao mesmo tempo. O dom de criar personagens reais, cativantes, e humanos ela domina. Diferente da saga Crepúsculo, Meyer criou um romance único, que fala de diversos problemas e não só de uma personagem fútil e fraca. Ela mostra a guerra, a necessidade do ser humano de estar sempre odiando e destruindo algo, e a maneira como os seres humanos são incapazes de aceitar a paz, mostra também algo que podemos comparar com a religião, algo que é imposto às pessoas sem que elas tenham o direito de se defender, uma paz e um amor incondicional, porém doentio, que tira das pessoas o direito de pensar e agir por si só.  Em meio a esta guerra, surge Peregrina e Melanie, dois seres diferentes que dividem o mesmo corpo, enquanto uma é calma e inteligente, a outra é imatura e incontrolável, mas mesmo com todas as diferenças elas se unem por um único propósito, salvar as pessoas que amam. Ao decorrer do livro, vemos Melanie e Jared destruírem o coração de Peg, e vemos Peg ser amável com todos mesmo quando os outros não merecem, é impossível não torcer pela felicidade dela e, até mesmo, gostar um pouco de Melanie. Ian, Kyle, Jamie, Jeb, Wes, Walter, Doc, e muitos outros humanos invadem a vida das duas e as fazem repensar o que significa família, como diria Peregrina, família são todos aqueles da sua espécie, aqueles que de alguma forma, te fazem amar. Cheio de mortes e vidas, é um livro que te faz repensar sobre tudo, tocante e marcante, mostra uma história sobre amor, diferenças e luta. Um romance totalmente diferente inovador, e que deveria ser mais valorizado do que uma saga tão fraca quanto “Crepúsculo”.

O que mais se destaca no livro: O desenvolvimento fascinante dos personagens, o enredo inovador, a escrita magnífica de Meyer.

“Depois de nove planetas, eu finalmente encontrei alguém por quem vale viver e morrer. Eu finalmente encontrei o meu lugar.” E destruiu meu coração, né Peregrina? Aquela história de que alma não causa sofrimento é mentira, estou chorando até agora.

Nenhum comentário

Olá, obrigado por deixar seu recado.
Assim que tiver tempo te responderei.
Beijos. :)